segunda-feira, 24 de novembro de 2014

terça-feira, 11 de novembro de 2014



Nova temporada durante a CORRENTE CULTURAL. Dias 13 e 14 de novembro de 2014 às 20h, na CIA DO ABRAÇÃO, em Curitiba. GRATUITO!



Comentários de quem assistiu ao espetáculo

"Um espetáculo imperdível e Fabiana Ferreira vive intensamente a "Neuza" que habita em todas as mulheres, com muita sensibilidade e amor à arte de atuar".

 Kátia Drumond - atriz e cantora

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"Este é um dos espetáculos mais belos que já vi na vida. Cala fundo na Alma!"!

Milene Dias - atriz

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"Perfeito, tudo em sintonia".

Inês Drumond - Bailarina

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Fabiana,

Tive a chance de prestigiar o espetáculo de ontem, mas não a de te dar um abraço e um beijo devido à multidão que se instalou ao seu redor depois do breve bate-papo.

Gostaria de dizer que fico feliz por ter conhecido melhor acerca de seu trabalho e que a peça é muito sensível. Venho buscando de forma incansável referências nobres e de alto-teatro como esta, me surpreendi positivamente. E é até estranho que mesmo conhecendo algumas pessoas que passaram pelo Abração, tenha sido a primeira vez que fui ao espaço para conhecer. Sem dúvidas voltarei.

Ainda sobre o trabalho, é importante que pessoas como você promovam esta abertura para que estudantes possam dialogar abertamente a respeito dos temas que permeiam o mundo infinito do teatro. Sou grato!

Por agora, acho que é isso.

Grato, mais uma vez! Mil beijos e afetos.


Thiago Mique


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Espetáculo incrível! Fabiana Ferreira da uma aula de interpretação. Com uma gestualidade precisa, movimentos belíssimos, explora o texto, o cenário, o figurino. Simplesmente maravilhosa vivenciando uma mulher em conflitos tão contemporâneos. Amei! Parabéns a toda a equipe de criação e execução. O trabalho de luz do Anry Aider também esta lindíssimo.

Mariana Zanette - Atriz e Diretora Teatral

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A Memória de Neuza


Assisti o solo O Olhar de Neuza durante meu curso de Interpretação na Fap (Faculdade de Artes do Paraná). Uma importante atividade do meu Trabalho de Conclusão de Curso; tão importante que hoje venho resgatar pela memória¹ as trilhas que seguia na minha criação, enquanto participei como espectador de Fabiana Ferreira integra, integral, inteira em sua performance.
Muitas questões, como não poderia deixar de ser diante de um trabalho tão intenso, foram surgindo. Nessa verve também foram surgindo semelhanças e caminhos que eu tomaria e caminhos que eu não tomaria...
Olhos nos olhos, presença absoluta.

Visceralidade, Dioniso, giro.
Esbanjando, poderia ser mas não é exatamente esta palavra, esbanjar. Diante dessa palavra surgem mil questionamentos de como é “escapar do mero estar para adentrar em arte”. Não havia truques. O sentimento, a imagem, as imagens suscitadas pela performance de Fabiana, em busca da ativação dos sentidos. A luz, precisa, em harmonia com todos os elementos postos em cena: folhas secas, tecido acrobático associando a uma  cortina.
O que despertou muito a minha imaginação foi uma simulação de movimentos aéreos que Fabiana executa no solo. Os signos vão surgindo e perpassam, chegam, mostram e vão: a vida de Neuza em véus, flor, sangue, maternidade. As roupas-figurinos postas e sobrepostas, vestidas e despidas como se fossem cascas.
Fabiana instaura o estado de exaustão já no início de O Olhar de Neuza, em passos ritmados, cadenciando o giro em torno de si na parte da sala coberta de folhas secas.

Gira respira transpira
Folhas secas, oblitera o tempo
Do verão que já foi há tempos
O outono da vida postas cascas secas
Memória do que será imagina
Saber esperar Saber as coisas que o tempo me fez
Meio século para um pingo d’água é nada
Refresca Transcender sofrer a vivemorrer e vivenascer
Agora.
Já é passado. Não é possível falar em presente.
Gira respira transpira


Chamamento
Badalado três vezes o sino do ambiente perfumado pelo aroma de finos incensos da sala de espera, escuto a doce voz de Karla Izidro e a seguimos em cortejo adentrado pela porta principal, em cantos que conduzem e conduzem até a Sala Raul Cruz, na Cia do Abração, onde logo a ação se iniciará. Uma rosa, a mesma rosa, naquele mesmo lugar.
[Pergunto-me naquele mesmo momento, ali sentando, me acomodando, naquele clima idílico, pergunto-me “Como não lembrar da florista?”² Conforme a peça vai acontecendo a identificação fica maior. Na minha experiência, ali de espectador passo a agregar as lembranças de anos de amizade, o fato de estar ali no espaço da companhia que me abriu os braços quando eu ainda um ator iniciante, um alguém que andava de cá para lá em sua bicicleta, com seus passos indecisos entre tantos caminhos a tomar.
Mesmo em meio a minha indecisão, decidia (uma parte de mim pelo menos decidia) abraçar o teatro e desde que sou ator profissional pensava, naquele momento de concretização de um projeto de quatro anos que definem a conclusão da minha faculdade, na minha vitória e na gratidão à primeira companhia que me abriu os braços.
Estava eu então ali Presente naquela plateia, revivendo os flashes de memória desses oito anos de histórias, entre os amigos que fiz e as tantas vezes que me senti verdadeiramente feliz e, como a vida é assim, nas outras tantas realmente triste.
Ossos e regalos da vida, tudo isso em flashes. A Fabiana em cena e eu na plateia. Quantas vezes eu-aquele ator iniciante, estive no palco e a fabi me dirigindo e pegando no meu pé e corrigindo a coreografia. Eu sabia e sei de todo o seu rigor e isso foi um impulso ainda maior para mergulhar na sensibilidade de Neuza.

Memória, de novo
Neuza fala de memória, o seu olhar sobre sua humanidade e a vontade de gritar que emerge em tantas como ela. A vontade de todas essas outras neuzas de gritar através dos tempos. A memória disso é que a vida é plena para se realizar.
Libertas. Libertar-se do que acomodou, um renascer-se. Neuza feliz por ser quem é, sendo ela mesma, mas não a mesma sempre.
Tempos vem. Há que se aproveitar.
A memória.
E o pó das folhas em suspensão após um balé, movimentos em êxtase, gerando uma sensação de liquidez. Fabiana, um diapasão, uma sacerdotisa invocando os deuses do teatro entre a poeira suspensa iluminada por Anri Aider e sua luz genial que soube valorizar este e outros momentos.
Momentos, transições, chamadas. A voz de karla acompanhada pela música em playback (vontade que fosse ao vivo) conduz a linha sensível e possibilitam o tempo para divagar.
Ao descobrir o que fazer (ou pelo menos ter pistas, provocações) começo a imaginar quais os mecanismos que a equipe criadora utilizou para a criação solitária para sanar a dúvida:
“Como encenar de Si?” ³
Quem é o ator ali: persona? Atriz? Ator? Ninguém? Uma projeção? Uma transferência?

Com quem criar, ali, sozinho?

João Graf – Ator e Agente Cultural

¹ ah, como é doce ter memória! Mas muito doce também foi eu ter um diário que registrei para me auxiliar no resgate dessas impressões.
² aí já entendi! Aqui ou lá, já é memória! Eu estando lá ou estando aqui estamos h(a) um átimo do que passou}
³ Si, como não lembrar do Sildinei do Trenzinho do Caipira, a nota “si” da brincadeira entre escala musical e personagens que tenho orgulho de ter como parte da minha memória um momento meu 

sábado, 1 de novembro de 2014

Para quem ainda não pode assistir ao premiadíssimo espetáculo O OLHAR DE NEUZA, surge nova oportunidade. Apenas duas apresentações: DIAS 05 4 06 DE NOVEMBRO DE 2014, ÀS 20 HORAS, NO TEATRO SESC DA ESQUINA em Curitiba.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

O Olhar de Neuza no FILO - Festival Internacional de Londrina

O Espetáculo "O Olhar de Neuza", mais premiado no Troféu Gralha Azul de 2013, fez sua primeira viagem!
A primeira parada da "Neuza" foi o FILO - Festival Internacional de Londrina. Tivemos casa cheia durante as apresentações onde o público, entusiasmado, aplaudiu de pé.

Dias 29 e 30 de Agosto, às 21h no Usina Cultural.
Os ingressos poderão ser comprados no site http://filo.art.br/2014/08/06/ingressos/

Para maiores informações acesse o site do FILO!

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

"Olhar de Neuza" no Festival de Teatro de Curitiba


Foto: Chico Nogueira

"O Olhar de Neuza", espetáculo da Cia. do Abração que recebeu em 2013 cinco troféus no prêmio Gralha Azul (Melhor Espetáculo, Melhor Atriz - Fabiana Ferreira, Melhor Direção e Texto Original - Letícia Guimarães e Melhor Composição Musical - Karla Izidro), estará no Festival de Curitiba 2014!

Confira a programação:
29 de Março às 21h
30 de Março às 21h
31 de Março às 16h
e 01 de Abril às 21h

Local:
Cia. do Abração - Rua Ildefonso Assumpção, 725. Jardim Social - Curitiba/PR
Sala Raul Cruz

Ingressos:
Inteira R$ 30,00
Meia-Entrada R$ 15,00
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MIS - Mostra Internacional de Solos. 
Serão 17 apresentações, de 5 solos teatrais, sendo duas atrações internacionais, previstas para acontecerem em duas salas, em sessões que acontecerão às 16:00, 19:30 e 21:00h.
Em breve, novas informações.

Passaporte MIS: para compra de todos os espetáculos da Mostra (incluindo "O Olhar de Neuza"), desconto de 1 ingresso:
5 ESPETÁCULOS INTEIRA R$ 120,00
5  ESPETÁCULOS MEIA R$ 60,00


* Maiores informações:
Cia. do Abração - Tel. (41) 3362-9438 / (41) 3362-9595
abracao@ciadoabracao.com.br / www.ciadoabracao.com.br